F/A-22A Raptor

 

 

F-22

Descrição

Fabricante

Lockheed Martin e Boeing

Missão

Superioridade aérea e multirole fighter

Tripulação

1 (piloto)

Dimensões

Comprimento

18,9 m

Envergadura

13,6 m

Altura

5,1 m

Área (asas)

78,04 m²

Envergadura

13,6 m

Peso

Tara

14.365 kg

Peso total

27.216 kg

Peso bruto máximo

36.288 kg

Propulsão

Motores

Pratt & Whitney F119-PW-100 turbofan

Força (por motor)

155.6877 kN

Performance

Velocidade máxima

2.448 km/h

(Mach 2)

Alcance bélico

3.220 km

Alcance

km

Teto máximo

superior a 15.240 m

Relação de subida

m/min

Armamento

Metralhadoras

M61A2 20mm

Mísseis/Bombas

AIM-120 AMRAAM, GBU-39 SDB, GBU-31 JDAM, AIM-9M Sidewinder

O F/A-22A Raptor, é uma aeronave de combate aéreo fabricada nos Estados Unidos, pela Lockheed Martin. Foi o primeiro caça de quinta geração a entrar em serviço. Sua missão principal é manter a superioridade aérea no campo de batalha, mas também possui capacidade secundária de ataque ao solo.

 

Armamento

 

F-22 lançando um "XMAA".

Como arma secundária, o F-22 utiliza uma metralhadora M61A2 de 20mm com 480 projéteis. Já no armamento principal, em uma típica configuração de superioridade aérea, o Raptor pode ser armado com dois mísseis ar-ar de curto alcance AIM-9 e até seis mísseis ar-ar de médio e longo alcances AIM-120 AMRAAMs. Para o combate ar-solo, o F-22 pode ser armado com duas bombas de 1000 librasGBU-32 JDAMs e dois mísseis AIM-120.

 

 

Motorização

Motor Pratt & Whitney em teste.
 

Dois Pratt & Whitney F119-PW-100 (na foto) turbofan com pós-combustão e dois bocais thrust vectoringdirecionais.

Datas

Proposta

Outubro de 1985 a Força Aérea dos EUA propõem o Advanced Tactical Fighter.

Decisão

23 de abril de 1991, Força Aérea dos EUA escolhe o F-22 como o próximo avião de superioridade aérea.

Início

8 de dezembro de 1993Boeing fabrica a primeira parte do primeiro raptor.

Primeiro vôo

7 de setembro de 1997, da Dobbins Air Reserve Base o chefe dos pilotos de teste Paul Metz, inicia o vôo inaugural, atinge aproximados 4572 m de altitude em 3 minutos.

Cancelamento do programa

6 de abril de 2009, a Secretaria de Defesa americana cancela novos contratos e projetos referentes ao F-22 alegando seu alto custo de produção, baixa performance em condições adversas de tempo e reclamação de falhas eletrônicas relatado por pilotos.

Problemas em missão

25 de março de 2010, um F-22 caiu nas proximidades da base Edwards da Aeronáutica dos Estados Unidos, situada no Deserto de Mojave, no sul da Califórnia. Ao sair em missão de treinamento o acidente aconteceu por volta das 10h locais (14h de Brasília) a aproximadamente 50 km ao noroeste da base militar. 6 de novembro de 2010, um F-22 perdeu a comunicação com o Controle de Tráfego Aereo do Alaska e caiu. O piloto, Capitão Jeffre Haney, não sobreviveu. Os pilotos americanos do caça decidiram não voar mais em áreas que nevam. 22 de março de 2011, relato de problemas com o equipamento eletrônico não espeficificado deixou os caças F-22 fora da operação da OTAN na Libia, sendo substituido pelo F-18 SH.

Histórico

 
O YF-22, o projeto da Lockheed.
Origem

Em 1981, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) desenvolveu um requerimento de um novo caça de superioridade aérea, o Advanced Tactical Fighter (ATF), para substituir o F-15 Eagle. ATF foi um programa de demonstração e validação realizadas pela USAF para desenvolver a próxima geração de caças de superioridade aérea para combater as ameaças emergentes em todo o mundo, incluindo o desenvolvimento e proliferação da era soviética, com o Sukhoi Su-27. Era previsto que o ATF iria incorporar tecnologias emergentes, incluindo ligas avançadas e materiais compostos avançados, sistema fly-by-wire para controle de voo, sistemas de propulsão mais avançados e tecnologia de invisibilidade (stealth).

Um requerimento para propostas foi lançado em julho de 1986, e duas equipes contratadas, a Lockheed/Boeing/General Dynamics e Northrop/McDonnell Douglas foram selecionadas em outubro de 1986 para realizar uma demonstração dentro de 50 meses, culminando no teste de voo de dois protótipos, oYF-22 e o YF-23, respectivamente.

Durante o processo de desenvolvimento na década de 1980, o crescimento esperado do ATF, o aumento de peso de decolagem e crescente custo excluiu algumas características. IRST foi rebaixado de multi-cor a cor única, em seguida eliminado (embora o sistema infravermelho/ultravioleta de alerta de mísseis funcionaria como um sistema IRST em uma atualização de software futuro), o radar de varredura lateral foi excluído e a exigência de assento ejetável foi rebaixada de modo a não ser capaz de cobrir o "envelope de vôo" (termo para uma série de fatores que podem interferir no vôo) por completo, que viria a resultar em uma fatalidade durante os testes de vôo.

Em 23 de abril de 1991, o Lockheed YF-22 foi anunciado como o vencedor da disputa do ATF.

Iniciando a produção
 
O primeiro F-22 operacional sendo pintado na Lockheed Martin, Georgia.

O YF-22 foi modificado para a produção de F-22. As diferenças entre o YF-22 e F-22 incluem a relocalização do cockpit, as mudanças estruturais e muitas outras pequenas alterações.

A produção do modelo F-22 foi iniciada em 9 de abril de 1997, na Lockheed Georgia Co., Marietta, na Geórgia. Ele voou pela primeira vez em 7 de setembro de 1997.

O primeiro lote de F-22 foi entregue à Base Aérea de Nellis, em Nevada, em 14 de janeiro de 2003 e o teste e avaliação inicial dedicado começou em 27 de outubro de 2003. Em 2004, 51 Raptors já haviam sido entregues.

Em 2006, a equipe de desenvolvimento do Raptor, composta pela Lockheed Martin e mais de 1.000 outras empresas, além da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), ganhou o Troféu Collier, prêmio de maior prestígio da aviação dos E.U.A.

Em 2006, a USAF pretendia adquirir 381 F-22s para serem divididos entre os sete esquadrões de combate ativo e três caças integrar-se-iam ao esquadrões de caça da Air Force Reserve Command and Air National Guard.

Contratos

Originalmente a ideia era de que a USAF comprasse 750 aeronaves, mas com os altos custos o Pentágono mudou o plano para apenas 183 unidades.

Em 31 de julho de 2007, a Lockheed Martin recebeu um contrato de vários anos para 60 F-22 no valor total de 7,3 bilhões de dólares.

Características

 
Dois caças F-22, da Força Aérea dos Estados Unidosdurante uma missão de patrulha.

O F-22 Raptor é um caça de quinta geração. Seu motor dual com capacidade de pós-combustãoPratt & Whitney F119-PW-100 turbofan. Sua pressão máxima é cerca de 35.000 lbf (156 kN) por motor. A velocidade máxima, sem armas externas, é estimada em Mach 1,82 em modosupercruise, como demonstrado pelo general John P. Jumper, o ex-Chief of Staff da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), quando sua Raptor ultrapassado Mach 1,7, sem pós-combustão, em 13 de janeiro de 2005. Com pós-combustão, de acordo a Lockheed Martin, ele pode ter velocidade superior a Mach 2,0 (1.317 km / h, 2,120 kmh) e o Raptor ainda pode exceder os limites de velocidade, principalmente em baixas altitudes.

O F-22 tem oito tanques de combustível internos que perfazem a capacidade de 8200 kg. Com esse volume de combustível, o F-22 tem um alcance de travessia de 3219 km, ou um raio de combate de 759 km. Essa capacidade é consideravelmente maior que a do seu antecessor F-15 Eagle que precisa de tanques de combustível externos para conseguir igualar esse desempenho. O F-22 pode, ainda, ter ampliado esses números com a instalação de até quatro tanques de combustível externos nos cabides sob as asas, porém com sacrifício da sua capacidade invisível.

A suíte eletrônica instalada no F-22 representa o estado da arte em sistemas e sensores na industria dos Estados Unidos. Seu radar é o Nothrop Grumman AN/APG-77 do tipo AESA (Active Electronically Scanned Array) ou varredura eletrônica ativa. Nesse radar existem 1500 pequenos dispositivos, como células, chamados módulos de transmissão e recepção (TRM) que emitem feixes de radar em diversas direções, simultaneamente, e recebem os reflexos dessas emissões, permitindo uma varredura de 120 º isenta de intervalos como ocorre com os radares de varredura mecânica que emitem apenas um feixe de sua antena que fica se movendo para poder fazer o rastreio de toda a área frontal do caça. Assim a precisão da localização do alvo é muito maior, e ainda, de quebra, há uma maior capacidade de rastrear alvos com pequena assinatura de radar.

A cabine da super máquina:

A Cabine do F-22 Raptor é um dos lugares mais desejados do mundo para um piloto de combate, seja ele de onde for. Lá o piloto fica sentado sobre um moderno e eficiente assento ejetavel Aces II do tipo zero zero (O piloto pode ejetar com a aeronave em altitude zero e velocidade zero) fabricado pela Mc Donnell Douglas. Este assento pode ser ejetado da cabine do F-22 a uma velocidade máxima de 1111 km/h. O painel de controle foi desenvolvido para ser de fácil operação e tendo como base quatro grandes displays LCD coloridos multifuncionais e mais 2 mostradores menores.

Conclusão:

O F-22 Raptor é um marco na capacidade de combate aéreo da Força Aérea dos Estados Unidos revolucionando o combate aéreo do século XXI, e foi concebido como um ícone do poderio aéreo dos Estados Unidos por muitos anos ainda.

"F-22 é a única aeronave que combina velocidade de supercruzeiro, super-agilidade, stealth e fusão de sensores em uma única plataforma de ar dominante."
Lockheed Martin em Lockheed Martin Recognized For Excellence In F-22 Raptor Sustainment.

Custos

159.9 milhões de dólares, esse é o custo por unidade, de um Raptor. O preço de venda estimado pelo Government Accountability Office dos E.U.A é de 361 milhões de dólares, estando embutindo o preço dos custos com a pesquisa. O custo do projeto chega a 62 bilhões de dólares.

 

Divisão do trabalho

F-22 Raptor wytwórnie.png Lockheed Martin Aeronautics Company em Fort WorthTexas.
  • Desenvolve e constrói a mid-fuselage e o armamento;
  • Fornece o INEWS, CNI, o sistema a gestão de providencia e o sistema de navegação inercial;
  • Desenvolve o sistema de suporte.
Lockheed Martin Aeronautics Company em MariettaGeorgia.
  • Supervisiona o todo o sistema integrado de armas.
  • Desenvolve e constrói a forward fuselage, incluindo a cabine; os estabilizadores verticais; asas e borda de ataque da cauda, flapsailerons e o trem de pouso.
  • Desenvolve a spearheading avionics architecture ( arquitetura aviônica de ponta, sistema de protocolos de navegação, por exemplo), assim como os mostradores, controles e o sistema de dados e abertura
  • Reunião final e vôo de teste da aeronave.
Boeing em SeattleWashington.
  • Constrói as asas, a aft fusalage, as estruturas para instalação do motor, bocais e unidade de força auxiliar;
  • Operar o Avionics System Integration Laboratory e o 757 Avionics Flying Laboratory
  • Desenvolve o sistema da treinamento;
Pratt & WhitneyEast HartfordConnecticut.
  • Constrói os motores.

Citação

A mais dinâmica, versátil e revolucionária aeronave da história da aviação militar
— Dr. James G. Roche, Secretário da Força Aérea dos EUA.

No futuro

Durante os últimos anos tornou-se comum afirmar que o F-22 seria o último caça tripulado dos Estados Unidos. Esta visão mais ou menos futurística baseia-se no desenvolvimento de redes neurais e de sistemas informáticos ligados por conexões encriptadas de alta velocidade. Esse tipo de aproximação já não é apenas ficção e passou desde o inicio da década a ser tão real quanto as bombas e mísseis que os aviões não tripulados disparam sobre os insurgentes no Afeganistão, tripulados por pilotos que estão nos Estados Unidos a milhares de quilômetros de distância.

Mas, aparentemente, a ideia do futuro avião não tripulado poderá não ter convencido definitivamente os responsáveis da Força Aérea dos Estados Unidos, pois a Força iniciou um programa de prospecção e análise para definir a configuração do seu próximo caça de superioridade aérea, que deverá entrar ao serviço dentro de 20 anos, em 2031.

O novo super-caça deverá ser equipado com sistemas de radar passivos, contará com capacidade de defesa automática e, acima de tudo, deverá incluir armas de energia dirigida, possuindo ainda capacidade para efetuar cyber-ataques.

futuro caça norte-americano, deverá por isso estar equipado com sistemas capazes de disparar raios laser, que já estão em estudo para utilização pelo exército. Tais sistemas serão bem menores do que os que estão em testes para o ABL, instalado num Boeing B-747, e poderão substituir os canhões ou mesmo os mísseis de curto alcance.

Os novos super caças deverão também ter capacidade de dirigir feixes de energia para defesa, ou seja, disparar contra mísseis que os persiga.

 

 

"Veteranos de guerra
Quando se fala de amor, muitos usam palavras bélicas, como luta, batalha, conflito. Amar pode ser uma guerrilha diária mesmo.
Isso me faz lembrar os desfiles de veteranos de guerra que a gente vê em filmes, homens uniformizados em suas cadeiras de roda apresentando suas medalhas e também suas amputações. Se o amor e a guerra se assemelham, poderíamos imaginar também um desfile de mulheres sobreviventes desse embate no qual poucos conseguem sair ilesos. Não se perde uma perna ou braço, mas muitos perdem o juízo e alguns até a fé.
Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu, e sim do que não lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão.
Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida.
Há os que amaram uma vez em silêncio, sem se declararem, e trazem dentro do peito essa granada que não foi detonada. Há os que se declararam e foram rejeitados, e a granada estraçalhou tudo por dentro, mesmo que ninguém tenha notado. E há os que viveram amores ardentes, explosivos, computando vitórias e derrotas diárias: saem com talhos na alma, porém mais fortes do que antes.
Há os que preferem não se arriscar: mantém-se na mesma trincheira sem se mover, escondidos da guerra, mas ela os alcança, sorrateira, e lhes apresenta um espelho para que vejam suas rugas e seu olhar opaco, as marcas precoces que surgem nos que, por medo de se ferir, optaram por não viver.
Há os que têm a sorte de um amor tranquilo: foram convocados para serem os enfermeiros do acampamento, os motoristas da tropa, estão ali para servir e não para brigar na linha de frente, e sobrevivem sem nem uma unha quebrada, mas desfilam mesmo assim, vitoriosos, porque foram imprescindíveis ao limpar o sangue dos outros.
Há os que sofrem quando a guerra acaba, pois ao menos tinham um ideal, e agora não sabem o que fazer com um futuro de paz.
Há os que se apaixonam por seus inimigos. A esses, o céu e o inferno estão prometidos.
E há os que não resistem até o final da história: morrem durante a luta e viram memória.
Todos são convocados quando jovens. Mas é no desfile final que se saberá quem conquistou medalhas por bravura e conseguiu, em meio ao caos, às neuras e às mutilações, manter o coração ainda batendo."

(Martha Medeiros)